Vendi Meu Caminhão Para Pagar a Cirurgia Dela.

— E Quase Perdi Meu Emprego
Durante oito anos, Luna foi mais que uma cadela — foi minha melhor amiga. Esteve comigo em todos os momentos difíceis: nas desilusões amorosas, nas noites solitárias e até nos dias em que pensei em desistir da vida.

Por isso, quando o veterinário disse que ela precisava de uma cirurgia urgente, eu nem hesitei.

Vendi meu caminhão. Era meu meio de transporte, meu instrumento de trabalho, mas Luna era minha família. E família a gente protege.

A cirurgia foi um sucesso. Luna voltou para casa abanando o rabo, saudável e cheia de vida. Achei que a história terminaria ali, com um final simples e feliz. Mas eu estava enganado.

Compartilhei o que havia feito nas redes sociais, e as reações foram bem diferentes do que imaginei.

“Você é maluco.”
“Jogou sua carreira fora por um cachorro.”
“E agora, como pretende trabalhar sem caminhão?”

No meio das críticas, surgiram também mensagens de apoio. Pessoas que entenderam o que Luna significava pra mim. Compartilharam suas próprias histórias, de amor e sacrifício pelos animais que amavam.

Mas os problemas não pararam por aí.

Como agora eu precisava pegar ônibus para ir ao trabalho, comecei a me atrasar ocasionalmente. Meu gerente já estava irritado, dizendo que eu precisava “reorganizar minhas prioridades”.

Então, na sexta-feira, recebi um e-mail do dono da empresa:

“Compareça à minha sala na primeira hora de segunda-feira.”

Passei o fim de semana inteiro sem conseguir dormir direito. Tinha certeza de que seria demitido. Estava preparado para o pior.

Na segunda de manhã, fui trabalhar com o coração disparado. Ao entrar na sala do Sr. Dawson, o dono da empresa, ele estava olhando algo no celular. Assim que me viu, levantou os olhos e disse:

— Caleb, feche a porta.

Fechei.

Ele colocou o celular de lado, me encarou e falou:

— Vi sua publicação. Soube imediatamente que era você.

Meu estômago revirou.

— Muita gente teria hesitado. Mas você não. Você abriu mão de algo valioso para salvar alguém que depende de você. Isso diz muito sobre o seu caráter.

Fiquei sem palavras.

— Olhei seu histórico. Você está aqui há cinco anos, nunca deu problema, sempre foi leal. Inclusive, já deveria ter sido promovido há tempos — continuou ele, com um leve sorriso. — Isso muda hoje.

Pisquei, sem entender.

— Senhor?

— Caleb, estou te promovendo. E você vai receber um carro da empresa.

Achei que tinha ouvido errado.

— Um… carro?

Ele estendeu a mão:

— Continue sendo esse tipo de pessoa. O tipo de homem que vende o caminhão para salvar sua melhor amiga.

Apertei sua mão com os olhos marejados.

Quando cheguei em casa naquela noite, Luna correu até mim. Se sentou à porta, abanando o rabo como sempre fazia.

Me abaixei e acariciei suas orelhas.

— Ei, garota. A gente conseguiu.

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