Todos os Meus Meias Esquerdas Começaram a Desaparecer — Quando Descobri o Motivo, Meu Coração Parou

Você provavelmente está pensando: “Quem se importa com meias desaparecidas, certo?”
Mas acredite, se estivesse no meu lugar, entenderia por que isso me tirou o sono.
Sou pai solteiro desde que minha esposa faleceu, e quando você está tentando manter tudo sob controle sozinho, até os menores detalhes podem te deixar maluco.
Tudo começou com uma única meia preta. Nada demais. Achei que a secadora a tinha engolido, como às vezes acontece.
Mas na semana seguinte, outra meia sumiu. E depois mais uma.
Depois da quinta meia esquerda desaparecida, até a pessoa mais racional começaria a desconfiar.
Para garantir que eu não estava imaginando coisas, comecei a marcar os pares com pequenos pontinhos.
Você deve estar se perguntando por que eu simplesmente não comprei meias novas. A questão é que a maioria das que sumiram eram meias divertidas que ganhei da minha esposa — tinham valor sentimental.
Foi então que me lembrei da velha babá eletrônica que usávamos quando Dylan, meu filho, era recém-nascido.
Depois de vasculhar o fundo da garagem, encontrei a câmera em meio a uma caixa com objetos antigos da Sarah.
Instalei a câmera na lavanderia e deixei três pares de meias recém-lavadas como “isca”.
Na manhã seguinte, mal consegui segurar o café de tão ansioso que estava para ver as gravações. O que vi me deixou boquiaberto: Dylan entrou de fininho na lavanderia ainda de madrugada, pegou uma meia de cada par e colocou na mochila.
Decidi armar uma armadilha para descobrir o que ele estava fazendo com as meias.
Coloquei mais meias limpas e fiquei de olho na câmera. Quando ele saiu de casa, fui atrás dele, mantendo distância.
Ele seguiu por uma rua que costumo evitar, cheia de casas abandonadas.
Dylan foi até a casa mais velha da rua e bateu à porta. Fiquei sem ar.
Mas a cena diante de mim não era o que eu imaginava.
Um senhor idoso estava sentado em uma cadeira de rodas, enrolado em um cobertor rasgado. Dylan estava ali com a mochila nas mãos.
— “Trouxe meias novas pra você,” disse ele com doçura. “Essas azuis têm âncoras, achei que ia gostar, já que disse que serviu na Marinha.”
Fiz algum barulho, porque os dois se viraram e me encararam.
Dylan arregalou os olhos:
— “Pai! Eu posso explicar!”
O senhor sorriu e disse:
— “Você deve ser o Dennis. Sou o Frank. Seu garoto tem mantido meu pé aquecido há um mês.”
Ele ergueu o cobertor e, naquele momento, entendi tudo: Frank tinha apenas uma perna. Por isso só sumiam as meias esquerdas.
Frank então explicou:
— “Dylan tem vindo me visitar todos os dias. Faz tempo que não tenho companhia. Meus filhos se mudaram para outro país. Mandam dinheiro às vezes, mas não vêm me ver.”
— “Ele é um bom menino”, completou com um sorriso.
No dia seguinte, levei Dylan para fazer compras. Saímos da loja com metade da seção de meias coloridas do mercado — com estampas malucas e cores vibrantes.
Agora, visitamos Frank com frequência. Eu o ajudo com reparos que ele não consegue fazer e Dylan o diverte com histórias da escola.
Às vezes levamos comida junto com as meias, e Frank retribui com histórias de guerra — que sempre terminam com atos de bondade nos lugares mais inesperados.