HISTÓRIAS

Meu Marido Veio Me Buscar no Hospital com Nossas Trigêmeas — Mas Quando as Viu, Pediu para Deixá-las Lá

Depois de anos tentando ter filhos, o nascimento das nossas trigêmeas — Sophie, Lily e Grace — foi um verdadeiro sonho realizado. Ao segurar minhas bebês no quarto do hospital, fui dominada por uma onda de amor indescritível diante de seus rostinhos serenos.

Mas, no dia seguinte, quando meu marido Jack veio nos buscar, havia algo estranho. Seu rosto estava pálido e seus movimentos, hesitantes. Ele parou na entrada do quarto, sem coragem de se aproximar.

— Jack — disse baixinho, tentando acalmá-lo —, venha ver. Elas estão aqui. Nossas pequenas anjinhas. Nós conseguimos.

Ele se aproximou, relutante.
— É… elas são lindas — murmurou, mas suas palavras soaram vazias.

— O que está acontecendo? — perguntei, com a voz trêmula.

Ele respirou fundo e soltou de uma vez:
— Emily, eu acho que não podemos ficar com elas.

Fiquei em choque.
— Como assim? Elas são nossas filhas!

Jack desviou o olhar, com a voz vacilante:
— Minha mãe… ela foi ver uma vidente. Ela disse que essas bebês trariam má sorte. Que poderiam até causar minha… morte.

Eu congelei.
— Uma vidente? — repeti, incrédula. — Jack, elas são bebês, não presságios do mal!

Ele assentiu, dividido.
— Minha mãe jura que essa mulher nunca erra. Ela acredita mesmo nisso.

A raiva subiu no meu peito.
— E por causa disso, você quer abandoná-las? Deixar suas próprias filhas aqui no hospital?

Jack não conseguiu me encarar.
— Se você quiser ficar com elas, tudo bem… mas eu não estarei por perto.

As lágrimas embaçaram minha visão.
— Se você sair por aquela porta, Jack — sussurrei, com a voz quebrada —, não volte mais.

Ele hesitou por um segundo, com vergonha nos olhos. Mas virou-se e foi embora sem dizer mais nada.

A porta se fechou. Fiquei ali, paralisada. Uma enfermeira entrou em seguida, suavizando o rosto ao ver minhas lágrimas.

Nas semanas seguintes, adaptei-me à vida de mãe solo.


Uma tarde, Beth — irmã de Jack — veio me visitar. Ela sempre havia sido uma das poucas da família dele que me apoiavam. Naquele dia, seu rosto mostrava dor. Eu sabia que algo viria.

— Emily — começou, hesitante —, eu ouvi mamãe conversando com a tia Carol… Ela… ela admitiu que nunca houve vidente nenhuma.

Fiquei sem palavras.
— O que você está dizendo?

— Ela inventou tudo — explicou Beth, com arrependimento. — Achou que, se convencesse Jack de que as meninas trariam má sorte, ele ficaria mais próximo dela. Além disso… ela queria netos homens. Ficou decepcionada desde o chá revelação. Parece que vinha planejando isso há tempos.

Senti a raiva crescer.
— Ela mentiu para destruir a nossa família — murmurei, com as mãos tremendo. — Como pôde?

Beth assentiu.
— Não acho que ela achava que Jack realmente deixaria vocês. Mas achei que você merecia saber.

Naquela noite, não consegui dormir. Eu precisava confrontar Jack. No dia seguinte, liguei para ele.

— Jack, sou eu. Precisamos conversar.

— Acho que não é uma boa ideia — respondeu ele, suspirando.

— Sua mãe mentiu — disse, com a voz firme. — Não havia nenhuma vidente. Ela inventou tudo porque não queria te dividir conosco. Queria netos homens. Estava decepcionada desde o início.

Silêncio. Por fim, ele riu, nervoso:
— Minha mãe não mentiria sobre algo assim.

— Ela admitiu para a irmã. Beth ouviu. Por que eu inventaria isso?

— Desculpe, Emily — disse ele, friamente. — Eu não posso lidar com isso.

E desligou.


Algum tempo depois, a própria mãe de Jack bateu à minha porta. Estava pálida, com lágrimas nos olhos.

— Me desculpe — sussurrou. — Nunca pensei que Jack realmente deixaria você. Eu só… tinha medo de perdê-lo.

— E a preferência por netos homens? Seu medo e egoísmo destruíram minha família — respondi, fria.

Ela assentiu, desmoronando.
— Eu sinto muito. Farei qualquer coisa para consertar isso.

— Não há nada que possa fazer. Por favor, vá embora.

Ela se foi, cabisbaixa.


Um ano depois, Jack apareceu na minha porta. Estava abatido, envergonhado.

— Eu cometi um erro — disse, com a voz embargada. — Deveria ter acreditado em você. Me desculpa. Quero voltar. Quero ser uma família de novo.

Mas minha decisão já estava tomada.

— Você nos deixou quando mais precisávamos. Construímos nossa vida sem você. E não vou permitir que nos machuque de novo.

Fechei a porta com o coração firme e tranquilo.

Naquela noite, embalei minhas filhas no colo, uma em cada braço, e percebi que estávamos completas. Só nós quatro.

Trigêmeos representam recomeços, esperança. Mas essa história mostra que o drama familiar pode lançar sombras longas. Mesmo assim, o amor de uma mãe pode suportar qualquer tempestade.

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