HISTÓRIAS

A Traição Oculta: Descobri o Segredo da Babá.

Voltar ao trabalho após a licença-maternidade foi muito mais difícil do que eu imaginava. Apesar de ter aproveitado cada momento com minha filha Lily, a ideia de deixá-la com uma babá me deixava apavorada.

Eu havia ouvido tantas histórias ruins sobre babás que não conseguia evitar a ansiedade. Por isso, depois de muita pesquisa e recomendações de amigas e vizinhos, contratei Helen, uma babá considerada excelente por todos.

Todos diziam que ela era a melhor, mas minha insegurança não me deixava em paz. Para me sentir mais segura, decidi instalar câmeras escondidas em vários cômodos da casa.

No começo, tudo parecia perfeito. Helen era gentil, carinhosa, e Lily parecia adorá-la. Quando eu saía para o trabalho, sentia um alívio ao deixá-la com alguém que transmitia confiança.

Durante os primeiros dias, tudo corria bem. Ao voltar para casa, via Helen brincando com Lily no jardim ou assistindo desenhos animados com ela no sofá. Mas, aos poucos, algo mudou.

Lily, que sempre foi uma criança alegre, começou a apresentar sinais de cansaço. Dormia muito durante o dia e, quando acordava, estava irritada e chorosa. O pior foi que passou a ter medo da hora da soneca.

Antes, ela mesma se dirigia ao berço e dormia tranquila. Agora, chorava e se recusava a ir. Um dia, depois de uma tarde especialmente difícil, perguntei a Helen se havia notado algo estranho.

— “Helen, a Lily está bem? Tenho percebido que ela anda mais cansada e está com dificuldades para dormir” — perguntei, tentando soar calma, mas por dentro estava inquieta.

Helen me respondeu com um sorriso tranquilo:
— “Ah, não se preocupe. Isso é normal nessa fase. Às vezes ela fica um pouco mais sensível, mas não é nada demais.”

Mesmo assim, algo não parecia certo. O sorriso dela me pareceu forçado. Naquela noite, não consegui dormir em paz. Decidi que era hora de revisar as gravações das câmeras.

Sentei-me em frente ao computador e comecei a assistir. Tudo parecia normal: Helen colocava Lily no berço, saía do quarto e sentava-se no sofá para mexer no celular.

Mas então, algo absolutamente assustador aconteceu.

A janela do quarto de Lily se abriu lentamente. Meu coração quase parou. Eu tinha certeza de que a janela estava trancada. Logo em seguida, uma mão desconhecida apareceu, e um rosto estranho surgiu. O homem olhou para Lily, que dormia inocentemente no berço.

Em seguida, ele começou a entrar pela janela.

Fiquei em choque. Quem era aquele homem? Por que ele estava ali? E o mais assustador: por que Helen não reagiu?

Então, vi Helen se levantar calmamente, ir até a janela e sorrir para o homem como se fosse alguém conhecido. Ele assentiu com a cabeça, como se tudo estivesse combinado.

Meu corpo congelou. Mas minha mente gritava. Sem pensar, peguei o telefone e liguei para a polícia.

Enquanto esperava, tentei manter a calma. A polícia chegou rápido e expliquei o que tinha visto. Eles assumiram a situação imediatamente. Mais tarde, me informaram que o homem não estava ali apenas por Helen — havia algo mais sinistro por trás.

Naquela mesma noite, decidi confrontar Helen.

A encontrei na cozinha preparando um lanche. Me aproximei com firmeza:

— “Helen, quem era aquele homem? Por que não me contou?”

Ela ficou surpresa com meu tom. — “Do que você está falando?”, disse, evitando meu olhar.

— “Não minta pra mim! Eu vi tudo pelas câmeras. Vi ele entrar no quarto da Lily e você o receber com um sorriso!”

Depois de um momento de silêncio, Helen respondeu com a voz trêmula:

— “Ele é meu ex. Estamos afastados há algum tempo, mas ele insistiu em vir me procurar. Eu… não queria que você soubesse. Foi um erro. Eu juro que nunca quis fazer mal à Lily.”

Pouco depois, o policial que estava na sala entrou na cozinha:

— “Conseguimos capturar o ex-parceiro dela. Descobrimos que ele tinha más intenções, mas felizmente conseguimos impedir qualquer tragédia a tempo.”

O alívio por saber que Lily estava bem foi imenso, mas a decepção e a dor da traição foram profundas.

Naquela noite, tomei uma decisão firme: nunca mais confiaria a segurança da minha filha a alguém que eu não conhecesse profundamente.

O que começou como uma preocupação comum de mãe se transformou numa revelação assustadora. Por trás de um rosto confiável, se escondia um perigo que eu jamais teria imaginado.

Desde então, a segurança da minha filha passou a ser minha prioridade absoluta. Porque, às vezes, até as pessoas que mais parecem confiáveis podem esconder os segredos mais perigosos.


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