Depois de um parto arriscado, meu marido me expulsou de casa por causa da mãe dele e de um teste falso.

Sempre sonhei que ter um bebê nos uniria ainda mais. Mas a mãe do meu marido tinha outros planos. Ela controlava tudo, e Bill, meu marido, permitia. Eu tentei impor limites, mas nada me preparou para a traição que me deixou sozinha na porta de casa, com minha filha recém-nascida nos braços.
Quando descobri que estava grávida, me senti a pessoa mais feliz do mundo. Bill e eu sonhávamos com esse momento, imaginando o dia em que seguraríamos nosso bebê nos braços.
Mas Jessica, a mãe dele, também parecia esperar por esse bebê — só que de um jeito que tornou minha vida um pesadelo.
Ela nunca gostou de mim. Desde o início, deixou claro que eu não era suficiente para o filho dela. Sempre dizia que Bill merecia alguém melhor. Mas assim que descobriu minha gravidez, passou a agir como se o bebê fosse dela. Queria estar presente em todas as consultas médicas, escolheu os móveis do quarto e decidiu até que seria menino — mesmo sem saber o sexo ainda.
Enquanto eu sofria com enjoos e fraqueza, ela invadia minha casa com cheiro de comida gordurosa que eu não conseguia suportar. E Bill? Só sorria e elogiava a comida da mãe.
No dia da ultrassonografia, lá estava Jessica sentada na sala de espera, mesmo sem ter sido convidada. O médico anunciou: “É uma menina.” Eu me enchi de emoção, mas ela fez cara feia. “Você não conseguiu dar um filho homem para o meu filho”, disse. “Ele precisava de um herdeiro.” Tentei argumentar, mas ela me humilhou na frente do médico.
No carro, perguntei a Bill como ela soube da consulta. “Eu contei”, respondeu. Explodi. “Te pedi para não fazer isso! Estou estressada, fraca!” Mas ele apenas disse: “Ela é a avó.”

Na hora do parto, tudo deu errado. Tive uma hemorragia e quase morri. Minha filha foi levada às pressas, e quando recobrei a consciência, descobri que Jessica foi a primeira a segurá-la.
Mesmo fraca, me levantei para amamentar. Jessica se recusava a devolver o bebê, queria que ela tomasse fórmula para poder “ficar com ela”. Tive que lutar pela minha própria filha. Bill finalmente a pegou do colo da mãe e a colocou nos meus braços. Chorei, tomada por um amor avassalador.
Nas semanas seguintes, Jessica vinha todos os dias, se recusava a chamar minha filha pelo nome e dizia que ela se chamava Lillian. “O nome dela é Eliza”, eu corrigia, mas ela ignorava.
Então, um dia, apareceu com um envelope nas mãos. Era um teste de DNA falso. Acusava-me de traição e dizia que a bebê não era de Bill. Sem pensar, Bill olhou o papel e disse: “Você e o bebê têm uma hora para sair desta casa.” Saiu sem nem ouvir minha explicação.
Fui expulsa da própria casa. Abracei Eliza, arrumei nossas coisas e fui para a casa da minha mãe, onde desabei. Nos dias seguintes, me recuperei fisicamente e mentalmente. Então, quando me senti forte, peguei o escova de dentes de Bill (que havia levado comigo) e fiz um teste de DNA verdadeiro.
Voltei à casa dele e entreguei o resultado. “99,9%. Eliza é sua filha.” Bill tentou se desculpar. Disse que queria que voltássemos. “Cortarei relações com minha mãe”, prometeu.

Mas eu estava firme. “Você não merece ser o pai dela. Você nos expulsou por causa de um papel falso. Nunca sequer me perguntou nada. Eu fiz isso para que soubesse o que perdeu.”
Ele implorou, mas dei as costas. “Vou pedir o divórcio. Quero a guarda total. Adeus, Bill.”
Entrei no carro e ouvi seu grito me chamando, mas fui embora. Eu sabia que Eliza e eu ficaríamos bem. Porque agora, finalmente, eu estava livre.