HISTÓRIAS

Meu Chá Revelação Virou um Pesadelo Quando Meu Marido Me Abandonou com Nossas Três Filhas — Mas a Vida Cuidou de Fazer Justiça.


Meu nome é Jules, tenho 35 anos. Sou mãe da Olivia, de seis anos, uma menina gentil e artística; da Lyla, de quatro, minha sombra e a mais carinhosa das três; e da pequena Everly, que estava prestes a completar dois anos e já criava as frases mais engraçadas.

Eu era casada com Mason, de 37 anos. Acreditava que havíamos construído uma vida juntos. Ele sempre dizia que queria uma família grande, e quando descobri que estava grávida novamente, seu entusiasmo era quase infantil.

Dessa vez tem que ser um menino, Jules — ele repetia.

Mason ficou obcecado com a ideia. Tão fixado nisso que eu só percebi quando já era tarde demais.

O chá revelação foi ideia dele. Eu não ligava muito para esse tipo de evento, mas concordei. Por ele.

Ele escolheu o bolo perfeito. Três camadas, recheio colorido, que revelaria o sexo do bebê no primeiro corte.

O único ausente era Thomas, o pai de Mason.

E, olhando para trás, eu gostaria que ele tivesse ido. Talvez a noite tivesse terminado de outro jeito.

Na hora do corte, Mason e eu estávamos de mãos dadas, prontos para descobrir.

O primeiro pedaço caiu no prato.

Rosa.

Era outra menina.

E foi nesse momento que Mason surtou.

Você só pode estar brincando! — ele gritou.

Com um movimento brusco, ele atingiu o bolo e o lançou pelo jardim.

Eu não tenho tempo pra isso! Outra menina?! Mais uma?!

E então… ele foi embora.


Três dias se passaram.

O orgulho deu lugar ao desespero. Tomei coragem e enviei um e-mail para Thomas, o pai de Mason. Incluí o vídeo do momento do chá revelação — o grito de Mason, minhas filhas chorando — e uma mensagem desesperada.

A resposta veio rápido:

Não importa o que aconteça com aquele filho tolo… você e suas meninas jamais passarão necessidade.

Pouco depois, uma quantia generosa caiu na minha conta. As lágrimas escorriam.

Obrigada… — sussurrei.

Semanas se passaram.

Um dia, saindo para resolver algumas coisas, avistei Mason em uma loja de bebês.

Curiosa — e com o coração apertado —, decidi segui-lo discretamente até o caixa. Foi quando vi o que ele estava comprando: um berço azul de bebê.

Ao lado dele, uma jovem bonita, radiante, visivelmente grávida, ria de algo que ele disse e logo depois o beijou.

Então é por isso… — falei alto, cortando o ar com minha voz.

Mason se virou bruscamente, surpreso ao me ver.

Você não aguentou a ideia de mais uma menina, então fugiu para encontrar alguém que te desse um menino? Que bom que seu pai tem mais coração e caráter do que você! Contei tudo a ele — e ele me ajudou.

Ele me encarou com raiva contida.

Meu pai, esse mesmo que você elogia… prometeu toda a herança para quem lhe desse o primeiro neto homem.

Meu estômago virou. Para Mason, nossas filhas não significavam nada. Nada além de uma oportunidade desperdiçada.

Mas a história não terminava ali.

Eu precisava ouvir Thomas.

Marquei uma conversa com meu sogro. Seus olhos estavam carregados de um peso antigo.

Achei que estava motivando meus filhos… precisava de um neto para carregar o nome da família.

Thomas era tradicional, mas não cruel. Ao menos, tinha bom senso.

Três semanas depois, Mason me enviou os papéis do divórcio e noivou com a amante grávida — acreditando que esse era o caminho para a fortuna.

Mas o destino tem um senso de justiça afiado.

No quarto de hospital, horas depois do parto, a enfermeira entrou sorrindo:

Parabéns! É um menino saudável!

Dois meses depois, a campainha tocou.

Abri a porta. Era Mason.

Jules… — ele disse, com a voz falhando. — Eu… perdi tudo.

Meu pai… me deserdou. Ele deu tudo pra você.

As pernas dele fraquejaram.

Por favor… eu te amo. Amo nossas filhas…

Mas eu fechei a porta.

Porque minha família — Olivia, Lyla, Everly e meu filho, Thomas Jr. — merecia muito mais do que o homem do outro lado daquela porta.

Agora, finalmente, estávamos livres.


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