Meu ex-marido arrancou o papel de parede depois do nosso divórcio porque “foi ele quem pagou” – o destino preparou uma surpresa para ele

Eu e Dan fomos casados por oito anos. Tivemos dois filhos e morávamos em uma casa aconchegante que herdei da minha avó. Achei que éramos felizes… mas, no fim, descobri que só eu acreditava em “nós”.
Nunca vou esquecer a noite em que descobri a traição dele.
Nossa filha Emma estava com febre e, enquanto procurava o remédio infantil na gaveta onde ele costumava guardá-lo, vi o celular dele. Não era minha intenção bisbilhotar, mas uma notificação piscou na tela: um emoji de coração seguido de “Eu te amo!”
Não consegui resistir. Abri a mensagem e, para minha tristeza, encontrei dezenas de conversas íntimas entre meu marido e uma tal de “Jessica”.
Quando o confrontei, ele nem sequer demonstrou arrependimento. “Aconteceu”, disse ele, dando de ombros como se falássemos sobre o tempo. “Essas coisas acontecem em casamentos. Foi só uma diversão inocente com minha secretária. Não vai acontecer de novo. Me perdoa, de verdade!”
A primeira vez, tentei acreditar que tinha sido um erro. Achei que poderíamos superar, que perdoar seria um ato de força. Mas na segunda vez? Na segunda vez, todos os resquícios de ilusão se despedaçaram.
Foi ali que algo dentro de mim quebrou. “Chega! Quero que arrume suas coisas e vá embora.”
Antes mesmo de ele inventar mais desculpas, entrei com o pedido de divórcio.
A casa não estava em disputa – era minha, herdada da minha avó, muito antes de Dan aparecer na minha vida. Ele insistiu em dividir todo o resto em partes iguais: contas, móveis, até as compras do mercado. Tudo precisava ser dividido ao centavo.
Durante a discussão sobre a guarda das crianças, Dan virou-se para o advogado e disse friamente: “Ela pode ficar com a guarda total. Eu não quero a responsabilidade.”
Depois que tudo foi assinado, ele pediu uma semana para tirar suas coisas e sair. Disse que precisava “organizar tudo”.
Quando voltei com as crianças, pronta para recomeçar, entrei em um pesadelo.
O lindo papel de parede floral da sala… tinha sumido.
E lá estava Dan, arrancando o que restava com uma expressão fria no rosto.
— “Eu comprei esse papel de parede. É meu,” disse ele calmamente.
— “Mamãe?” – a voz do pequeno Jack tremeu. – “Por que o papai está destruindo nossa parede?”
Respirei fundo e disse: “Tudo bem. Faça o que quiser.” Levei as crianças de volta para o carro e fui embora.
Mais tarde, ao retornar, descobri que as coisas estavam ainda piores. Ele tinha levado todos os talheres, a torradeira, a cafeteira… até o papel higiênico dos banheiros. Tudo que ele comprou com o “próprio dinheiro” tinha sumido.
Um mês depois, entrei para um clube do livro. No começo, era só uma forma de sair de casa e me reconectar comigo mesma. Mas as mulheres de lá rapidamente se tornaram meu apoio emocional.
Uma noite, depois de umas taças de vinho, contei a história do papel de parede. Detalhei tudo: desde as paredes peladas até o papel higiênico sumido.
— “Amiga,” disse Cassie, enxugando as lágrimas de tanto rir, “você se livrou de uma bomba.”
Mal sabia eu que o destino estava apenas começando sua brincadeira.
Seis meses se passaram. A vida tinha voltado ao eixo. As crianças estavam bem, e eu já nem pensava mais em Dan. Até que, um dia, ele me ligou de repente.
— “Oi,” disse com um tom pretensioso. — “Achei que devia saber… vou me casar no mês que vem.”
— “Parabéns”, respondi.
Algumas semanas depois, durante um passeio pelo centro da cidade, vi Dan atravessando a rua de mãos dadas com uma mulher.
À medida que se aproximavam, meu estômago se revirou.
Era Cassie, minha amiga do clube do livro.
— “Meu Deus, oi!” – disse ela, puxando Dan até mim. – “Que coincidência! Tenho tanta coisa pra te contar! Estou noiva! Esse é meu noivo, o nome dele é…”
Forçando um sorriso tenso, respondi: “Sim, DAN. Eu sei.”
Os olhos de Cassie alternaram entre nós dois, confusos.
— “Como assim ‘vocês se conhecem’? Dan… você conhece ela?”
— “Ah, sim… nada demais. Ela é só minha ex-mulher,” respondi friamente.
Cassie arregalou os olhos.
— “A história que você contou no clube do livro… sobre o cara do papel de parede… é ELE?”
Antes que eu dissesse qualquer coisa, ela se virou para Dan.
— “Você é um alerta ambulante! Não acredito que quase me casei com você.”
Apenas sorri suavemente… Aquilo já era punição suficiente.