Meu marido e a amante trocaram as fechaduras enquanto eu trabalhava.

— mas não imaginavam o que eu faria depois
Quando cheguei em casa após um longo dia de trabalho, cansada e com dores nos pés, notei algo estranho. Minha chave não encaixava mais na fechadura. Confusa, tentei novamente. Nada. Foi então que vi um bilhete colado à porta, com a caligrafia inconfundível do meu marido:
“Esta não é mais sua casa. Encontre outro lugar para ficar.”
Meu coração disparou. Bati na porta com força, incrédula. Minutos depois, Jason apareceu, ao lado de Mia — a colega de trabalho que ele jurava ser só amiga, agora vestindo meu robe de seda.
— Você só pode estar brincando — sussurrei.
— Escute — disse ele, com os braços cruzados e um sorriso cínico. — Eu segui em frente. Mia e eu estamos juntos agora. Você pode dormir em outro lugar.
— Suas coisas estão na garagem — completou Mia com frieza. — Empacotei tudo.
Sem dizer mais nada, virei as costas e entrei no carro. Mas dentro de mim, uma chama se acendeu. Eles achavam que tinham vencido. Mas ainda não conheciam quem realmente sou.
Fui direto para a casa da minha irmã, Paula. Ao ver meu rosto devastado, ela me acolheu de imediato. Entre lágrimas e vinho, contei tudo. Ela ouviu cada detalhe com raiva crescente.
— Eles não podem sair impunes — disse ela. — E vamos garantir isso.
Na manhã seguinte, consultei minha amiga advogada, Denise. Ela confirmou: trocar as fechaduras sem decisão judicial era ilegal. E, mesmo que a casa estivesse no nome dele, eu tinha direito à residência e àquilo que era meu por direito.
Com a ajuda de Denise, fizemos um inventário completo de tudo que eu havia comprado: móveis, eletrodomésticos, decoração, até a reforma da cozinha. Guardei cada recibo, cada pagamento.
E então bolei o plano.
No sábado, com ajuda de uma empresa de mudanças que entendeu perfeitamente a situação, bati novamente à porta da casa.
— Olá, Jason. Só vim buscar o que é meu.
Antes que ele reagisse, os carregadores já estavam entrando e removendo absolutamente tudo que me pertencia. A máquina de lavar, ainda cheia de roupas. O forno ligado. A cama em que eles dormiam. O sofá onde assistiam TV.
Inclusive a chapinha que Mia usava naquele momento.
— Desculpa — disse, pegando o aparelho da mão dela. — Esse foi um presente que ganhei do meu marido. Quando ele ainda era meu.
Jason estava indignado.
— Você não pode simplesmente levar tudo!
— Posso sim. E tenho os recibos pra provar — respondi, mostrando a papelada. — Ao contrário de você, eu pago pelas minhas coisas.
E completei com um sorriso:
— Ah, e trocar as fechaduras foi ilegal. Mas relaxa. Não vou à Justiça. Ver vocês dois aqui, sozinhos, em uma casa vazia… já é punição suficiente.
Saí dali com dignidade. Meus pertences estavam a salvo, e minha alma, em paz.
Às vezes me pergunto se fui dura demais. Mas então me lembro do bilhete. Do desprezo. Do meu aniversário esquecido.
E percebo que só fiz o que qualquer mulher traída, humilhada e forte faria: lutei pelo que é meu.
Compensações e Indenizações
Muitos cidadãos desconhecem que têm direito a compensações e indenizações em situações como falhas em serviços, acidentes, problemas com empresas ou ações judiciais. Buscar seus direitos não é se aproveitar — é exercer a cidadania. Para isso, é importante guardar documentos, provas e contar com orientação especializada. Não deixe passar situações em que você foi prejudicado. Justiça começa com conhecimento dos seus direitos.