HISTÓRIAS

MEU SOGRO SE RECUSOU A POSAR PARA UMA FOTO NO MEU CASAMENTO — QUANDO DESCOBRI O MOTIVO, FIQUEI SEM CHÃO.


No último fim de semana, vivi o que deveria ter sido o dia mais feliz da minha vida. Me casei com o amor da minha vida, James, rodeada de amigos e familiares. Mas havia uma sombra pairando sobre aquele momento especial: meu sogro, Bill.

Desde o início, Bill sempre foi educado, mas distante. Nas reuniões de família, ele evitava conversar comigo e, com frequência, saía do cômodo assim que eu entrava. Sempre achei que ele fosse apenas reservado ou tímido. No entanto, no dia do nosso casamento, o comportamento dele atingiu o limite.

Enquanto o fotógrafo organizava todos para as fotos da família, Bill de repente se afastou.
— Preciso fazer uma ligação — murmurou, saindo discretamente.
O fotógrafo e outros familiares ficaram confusos, e eu tentei disfarçar para não causar uma cena. Mas por dentro, eu estava magoada. Por que meu sogro se recusaria a tirar uma simples foto comigo no dia do meu casamento?

No dia seguinte, não consegui mais segurar. Falei com James, com lágrimas nos olhos.
— Por que seu pai me odeia? O que eu fiz para ele agir assim comigo?

James passou a mão pelos cabelos, visivelmente desconfortável.
— Ele não te odeia — respondeu, evitando meu olhar.

— Então o que é? Ontem ele se recusou até a tirar uma foto comigo! — insisti.

Ele suspirou.
— É complicado… Ele… Ele acha que você é a cópia da primeira mulher que ele amou. Uma mulher que partiu o coração dele.

Fiquei em choque.
— O quê?

James assentiu.
— Antes de conhecer minha mãe, ele foi noivo de uma mulher chamada Eleanor. Ela o deixou poucas semanas antes do casamento. Ele ficou devastado. Quando ele te conheceu, me disse que você era idêntica a ela — o sorriso, os olhos, até a forma como você ri…

— Então ele me evita por causa disso? — perguntei, sem acreditar.

— Ele diz que estar perto de você traz de volta todas aquelas memórias antigas. Ele não está com raiva de você — só é difícil pra ele. Eu não te contei antes porque achei que ele fosse superar, mas… acho que não superou.

Eu não sabia ao certo o que sentir — mágoa, confusão, talvez até um pouco de compaixão por Bill. Mas sabia que não podia simplesmente ignorar aquilo.

Mais tarde naquela semana, pedi a James que marcasse uma conversa com o pai dele. Se isso iria afetar nossa família, eu queria resolver de forma direta.

Sentados frente a frente, percebi que Bill estava desconfortável, mas eu estava determinada.
— Eu sei por que o senhor me evita — comecei, com calma. — E entendo como deve ser doloroso ver alguém que te lembra o passado. Mas eu não sou a Eleanor. Eu sou eu. Amo o James e quero fazer parte desta família. Podemos recomeçar?

Pela primeira vez, Bill me olhou nos olhos. Parecia procurar sinceridade, compreensão.

Finalmente, ele assentiu.
— Você tem razão — disse, com a voz pesada. — Não é justo com você, nem com o James. Eu vou tentar.

Não foi uma mudança imediata, mas com o tempo, Bill passou a fazer um esforço. Começou a participar das conversas e até fez algumas piadas comigo. No jantar de um mês do nosso casamento, ele finalmente se desculpou:
— Eu errei ao deixar o passado influenciar meu julgamento. Você é uma pessoa maravilhosa, e eu tenho sorte em tê-la como parte da nossa família.

Foi um momento emocionante, mas também um divisor de águas. A partir dali, não éramos apenas sogro e nora — éramos família.

Embora a foto do casamento sem Bill sempre seja uma lembrança agridoce, sou grata por termos encontrado um caminho. Às vezes, são as conversas mais difíceis que constroem os laços mais fortes.


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