Minha ex-mulher exigiu o dinheiro que guardei para nosso filho falecido.

— minha resposta a deixou sem palavras
Fazia apenas alguns meses que eu havia perdido meu filho, Peter. A dor ainda era uma presença constante, um vazio que preenchia todos os cômodos da casa. Naquela manhã, sentei-me no quarto dele, cercado por seus livros, desenhos e lembranças. O silêncio era ensurdecedor. Ele sempre foi brilhante — tão inteligente que eu costumava brincar dizendo que ele devia fazer um teste de paternidade de tão esperto que era. Era, claro, só uma piada entre nós.
Peter havia sido aceito em Yale. Foi o dia mais orgulhoso da minha vida. Mas ele nunca chegou a pisar no campus. Um motorista bêbado acabou com isso — e com parte de mim — em novembro.
Enquanto tentava reorganizar minha vida, uma ligação da minha ex-mulher, Susan, me pegou desprevenido. Ela queria conversar sobre o fundo universitário que eu havia guardado para o Peter. Ignorei a ligação. Mas ela apareceu em minha porta mesmo assim.
Sem cerimônia, entrou e foi direto ao ponto:
— “O fundo de Peter… Não faz sentido deixá-lo parado. Ryan, meu enteado, poderia usá-lo. Ele tem muito potencial.”
Fiquei em choque.
— “Aquele fundo era do Peter. Não é para o seu enteado.”
Susan, impassível, retrucou:
— “Ryan é da família. Peter teria querido ajudar.”
Mas a verdade é que ela nunca esteve presente. Susan abandonou Peter quando ele tinha 12 anos. Disse que precisava cuidar de si mesma. Desde então, criei meu filho sozinho. Eu o levava à escola, torcia nos jogos, fazia seu lanche. Ela aparecia de vez em quando com um cartão de aniversário e nada mais. Ryan mal conhecia Peter. Eles mal passaram um verão juntos — e, segundo Peter, nem foram bem tratados.
Mesmo assim, ela insistiu em uma nova conversa. Marcamos em uma cafeteria. Lá estavam ela e Jerry, o novo marido, com seus sorrisos ensaiados. Sentado diante deles, ouvi o absurdo novamente:
— “A faculdade é cara. Você sabe disso. Ajudar Ryan seria o certo”, disse Jerry.
Eu respirei fundo. Olhei para ambos e disse:
— “Vocês não se importaram com Peter quando ele estava vivo. Não venham fingir agora. Esse dinheiro não é de vocês. Nunca será.”
Deixei a cafeteria sem olhar para trás.
Naquela noite, de volta ao quarto de Peter, sentei-me com a foto dele em mãos. Lembrei de nosso sonho: uma viagem à Bélgica. Ele falava dos museus, dos castelos e até dos monges que produziam cerveja com tanto entusiasmo. Era a nossa promessa.
Então, decidi.
Acessei a conta do fundo educacional e comprei as passagens. Não seria gasto com outra pessoa. Seria usado para cumprir o desejo de Peter — e o meu também.
Uma semana depois, embarquei. Levei a foto dele comigo o tempo todo. Visitei os museus, os castelos e até uma antiga cervejaria conduzida por monges. Em cada lugar, imaginei o sorriso dele, as perguntas, a empolgação.
Na última noite, sentei-me às margens de um canal. Tirei a foto do bolso, levantei-a para o céu estrelado e sussurrei:
— “Isso é por você. Nós conseguimos.”
Naquele instante, pela primeira vez em muito tempo, senti paz. A dor ainda estava lá, mas agora com um propósito. Peter sempre viveria em mim — e eu havia honrado isso.
Cartões de Crédito
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