HISTÓRIAS

Minha Filha Levava uma Mochila Muito Pesada para a Escola — Descobri o Motivo Quando Conheci o Motorista do Ônibus.


Sou Juliet, mãe solteira e consultora financeira, dedicada a construir uma vida estável para minha filha de nove anos, River. Desde que meu marido nos deixou quando ela ainda era um bebê, criei minha filha com o apoio da minha mãe, tentando dar a ela o melhor que eu podia.

River sempre foi uma menina doce, curiosa e independente. Passávamos os fins de semana grudadas: assistíamos filmes, comíamos pipoca e montávamos quebra-cabeças. Ela me contava sobre os amigos da escola, suas comidas favoritas e aventuras do dia a dia.

Recentemente, ela começou a mencionar um novo motorista de ônibus escolar, o Sr. Williams, e um professor de música que lhe ensinava bateria. Eu via nela um novo entusiasmo pela escola e pelas atividades extracurriculares. Quando sugeriu entrar no clube de artes, fiquei orgulhosa. Fomos juntas comprar materiais e roupas novas — e notei que ela escolheu tudo em dobro. Não questionei; ela estava radiante.

Poucos dias depois, River quis preparar sozinha seu próprio lanche para a escola, dizendo que era uma forma de se tornar mais responsável. Apoiei a ideia com orgulho. Mas, numa manhã, quando fui ajudá-la com a jaqueta, percebi que ela sentiu dor nas costas. Ela disse que era só o peso dos livros — mas a mochila parecia mais pesada do que o normal.

Desconfiada, liguei para a escola. A secretária me disse que os alunos não levam livros para casa, justamente por serem muito pesados. Então… o que minha filha estava carregando?

Naquele dia, saí mais cedo do trabalho para buscá-la. Quando cheguei à escola, a vi conversando com o motorista do ônibus. Ouvi um trecho da conversa:

— “Ela gostou de tudo?”, perguntou River.
— “Amou! Tem certeza de que quer continuar levando essas coisas para a Rebecca?”, respondeu o motorista.
— “Sim. Se ela estiver feliz, eu também estou.”

Fiquei sem entender. Rebecca? Quem era ela?

Quando me aproximei, River se surpreendeu ao me ver.
— “O que você está fazendo aqui, mamãe?”
— “Saí mais cedo do trabalho. Agora me diga, querida… onde estão todas as suas coisas?”

Ela hesitou. No carro, pediu para contar tudo em casa. Assim que chegamos, River desabou em lágrimas e me contou toda a verdade.

O Sr. Williams, o motorista, tem uma filha chamada Rebecca, um pouco mais nova que River. Ela está internada no hospital com leucemia. River viu a foto dela no ônibus e, desde então, decidiu ajudá-la. Por isso, comprava tudo em dobro: materiais escolares, roupas e até preparava lanches especiais. Não estava indo para nenhum clube na escola — o motorista a levava até o hospital para visitar a nova amiga e entregar os presentes.

— “Ela precisa mais do que eu, mamãe”, disse River, enxugando as lágrimas.

Fiquei emocionada com o tamanho do coração da minha filha. Combinamos de visitar Rebecca juntas, e naquela noite fomos ao hospital. Conheci o Sr. Williams, que agradeceu profundamente pelo apoio — acreditando que eu já sabia de tudo.

Ao entrar no quarto, vi as duas meninas brincando como se fossem amigas de longa data. A alegria delas enchia o ambiente. E, naquele momento, percebi que minha filha havia me ensinado uma poderosa lição sobre empatia e generosidade.

No fim da tarde, Rebecca olhou para nós e disse sorrindo:
— “Estou com vontade de comer cookies com leite.”

Saímos para buscar os biscoitos e, ao voltar, eu tinha certeza de uma coisa: minha filha é a melhor pessoa que conheço.


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