Nossa Nova Babá Parecia Perfeita… Até Que Minha Filha Sussurrou um Segredo Assustador.

Sempre dediquei meu amor à minha família, à minha casa e, principalmente, aos meus filhos. Então, quando chegou o momento de retornar ao trabalho após a licença-maternidade, eu sabia que precisava encontrar alguém que cuidasse dos meus filhos com o mesmo carinho e atenção que eu.

Foi assim que conheci Janice, a babá ideal — ou pelo menos, era o que parecia.

Liam havia nascido há seis meses, e antes disso, meus dias eram repletos de diversão e caos enquanto eu criava minha filha de quatro anos, Lily. Embora eu adorasse estar em casa com eles, a realidade batia à porta: minha licença estava terminando e eu precisava voltar à rotina profissional.

Por isso, contratamos Janice alguns meses antes do meu retorno ao trabalho, para termos tempo de observar sua interação com Lily e Liam. Desde o início, ela demonstrou ter um dom natural com crianças.

Ela tratava os meus filhos como se fossem seus.
Além de cuidar deles com dedicação, ela também me mantinha informada ao longo do dia — mandava mensagens, fotos, e fazia questão de me mostrar que estava tudo bem.

Era perfeita.
Ou, pelo menos, parecia ser… até o dia em que Lily puxou minha manga e sussurrou algo assustador.

— Mamãe… — disse ela baixinho. — A Janice tem um segredo.

Lily olhou para os lados, hesitante.

— É o que ela faz quando me coloca para tirar uma soneca.

— O que quer dizer com isso, querida? — perguntei, tentando manter a calma.

— Quando ela achou que eu estava dormindo… — Lily engoliu em seco. — Ela entrou no seu quarto. E tirou a roupa.

Fiquei em choque.
Mas Lily não parou por aí.

— E depois… eu ouvi sons estranhos.

Aquilo me deixou inquieta. Principalmente porque, nas últimas semanas, Paul, meu marido, vinha chegando em casa mais cedo do que o normal. Eu até havia comentado sobre isso com ele.

Naquela noite, enquanto assistíamos TV no sofá, eu observava Paul com mais atenção. Ele mexia no celular, mas seus olhos pareciam seguir cada movimento de Janice pela casa. Algo não estava certo.

Respirei fundo e perguntei:

— O que você acha da Janice?

— Acho ela incrível. Tivemos muita sorte. Ela cuida das crianças, ajuda na casa… nem sei como vivíamos sem ela — respondeu ele, usando exatamente as mesmas palavras que já havia dito antes. Como se fosse ensaiado.

Na manhã seguinte, decidi sair mais cedo do trabalho. Não avisei Paul. Nem Janice. Queria pegá-la de surpresa. E descobrir a verdade.

Meu coração batia acelerado enquanto subia as escadas de casa. Abri lentamente a porta do quarto… e congelei.

Lá estava Janice, em frente ao espelho, ajustando um vestido lindo. Não era meu. Nunca o tinha visto antes.

Ao redor dela, várias roupas estavam dobradas com cuidado.
Mas então percebi algo: o som estranho mencionado por Lily não era nada suspeito. Era o barulho calmo de uma máquina de costura.

Janice cantava baixinho enquanto admirava os vestidos.

— Eu… queria te surpreender — disse ela ao me ver.

Ela hesitou, depois apontou para as roupas.

— Você sempre gasta com a casa, com a Lily, até comigo. Mas nunca vi você gastar algo para si mesma. Sempre com as mesmas roupas… Então pensei que talvez eu pudesse fazer algo por você.

Ela ergueu um vestido com carinho.

— Eu sei que deve ter pensado algo errado… mas só queria que você experimentasse esse. Pode ser?

Com os olhos marejados, eu finalmente consegui falar:

— Obrigada, Janice. Agora entendo por que o Paul diz que demos sorte. Porque realmente demos! Não sei como te agradecer por tudo isso.

Experimentei o vestido. Quando me vi no espelho, mal me reconheci. Caía perfeitamente em mim.

Naquela noite, desfilei cada um dos vestidos pela sala, para Lily. Ela aplaudia e sorria, dizendo que eu parecia uma princesa.

Pouco depois, Paul entrou, bem na hora em que eu ajustava a barra de um elegante vestido azul.

— Uau… — ele disse, com as sobrancelhas erguidas. — Você está… incrível.

Sorri.

— Graças à nossa babá maravilhosa.