Três Anos Após a Morte do Meu Marido, Achei que Tinha Encontrado o Amor — Até que Minha Filha Disse: “Mamãe, o Novo Papai Pediu Para Eu Guardar um Segredo…”

Três anos após a trágica morte do meu marido Charles, em um estranho acidente de trabalho, meu mundo ainda parecia despedaçado. Eu tentava ser forte por Maggie, minha filha de seis anos, que era tudo para mim.

Durante muito tempo, seus abraços e sorrisos doces foram meu único motivo para levantar da cama. Mas com o passar dos meses, nem mesmo ela conseguia preencher o vazio que o luto havia deixado.

Foi então que Jacob apareceu.

Ele tinha aquele tipo de sorriso acolhedor que faz você acreditar que tudo vai ficar bem. Era gentil, carinhoso e, acima de tudo, tratava Maggie como uma princesa. Pela primeira vez em anos, vi minha filha sorrir como antes — e pouco a pouco, comecei a acreditar que talvez eu também pudesse ser feliz de novo.

Dois meses atrás, nos casamos em uma cerimônia simples em uma fazenda com um lago de patos. Achei que estava reconstruindo minha família. Achei que Jacob era a peça que faltava.

Mas, às vezes, a vida não apenas surpreende. Ela mira direto no seu coração.

Uma noite, enquanto eu colocava Maggie na cama, ela segurou forte seu coelhinho de pelúcia e sussurrou:

— Mamãe, o novo papai me pediu para guardar um segredo. Tudo bem?

Na hora, meu coração parou.

— Claro que não, meu amor. Você pode me contar qualquer coisa.

Ela hesitou, depois disse:

— Ontem, quando você estava trabalhando, acordei do meu cochilo e fui procurar o novo papai. Ele tinha prometido jogar videogame comigo. Mas não estava em lugar nenhum.

— E depois? — perguntei, com a voz baixa.

— Chamei ele, mas ele não respondeu. Aí vi ele saindo do porão com uma mulher muito bonita. Ela usava um vestido vermelho e tinha cabelos loiros, parecendo uma princesa. Ele me disse que eu não podia te contar.

Meu peito apertou.

— Você fez a coisa certa em me contar, querida — sussurrei, com o coração acelerado.

Naquela noite, quando Jacob estava distraído no sofá, decidi confrontá-lo.

— A Maggie me disse que viu você ontem com uma mulher no porão. Quer me explicar?

Ele hesitou por um segundo, depois riu.

— Ah, isso? Ela é uma designer de interiores. Eu queria te fazer uma surpresa reformando o porão. Ia ser um espaço de cinema para nós três.

Ele me levou até lá. O ambiente antes velho e empoeirado estava reformado: paredes pintadas, móveis novos, uma iluminação suave. Estava… bonito. Mas algo não se encaixava.

Mais tarde, à noite, enquanto ele dormia, entrei nas redes sociais dele. E lá estava: uma foto de dois anos atrás. Jacob, sorridente, abraçado com uma mulher de cabelo loiro e vestido vermelho. A mesma descrição que Maggie havia feito.

Na manhã seguinte, mostrei a foto para minha filha.

— É essa a mulher que você viu?

Ela assentiu com os olhos arregalados:

— É ela, mamãe.

No dia seguinte, quando Jacob saiu para o trabalho, instalei câmeras escondidas na sala e no porão. Inventei uma viagem de trabalho e levei Maggie para a casa da minha mãe.

Dois dias se passaram sem incidentes. Comecei a achar que talvez eu estivesse exagerando.

Até que, tarde da noite, recebi uma notificação no celular: “Movimento detectado – Porão.”

Abri o aplicativo e vi Jacob beijando a mulher de vermelho no porão. Eles riam. Eles estavam juntos… na minha casa.

Voltei imediatamente. Cheguei na garagem no exato momento em que ele a acompanhava até o carro.

— Já está em casa? — ele gaguejou. — Essa é a designer de quem falei.

— Sério? Beijar faz parte do projeto?

Ele congelou. A mulher riu com desdém e disse:

— Ele me disse que só estava com você por causa da sua casa e estabilidade. Que ser uma viúva triste era um bônus.

Olhei para Jacob, esperando que ele negasse. Mas ele não disse uma palavra.

— Fora. Os dois. Agora.

No dia seguinte, empacotei todas as coisas dele e levei para um canteiro de obras. Alguém poderia fazer melhor uso daquilo.

Voltei para casa da minha mãe, ansiosa para ver minha filha.

— O que aconteceu? — ela perguntou.

— Eu te conto amanhã. Hoje é dia da Maggie.

Peguei Maggie, a levei para tomar sorvete e, enquanto ela comia, falei:

— Você fez a coisa certa em me contar a verdade, meu amor. Tenho muito orgulho de você.

Ela sorriu.

— Chega de segredos, mamãe.

— Isso mesmo — respondi, abraçando-a. — Mas quando voltarmos para casa, o Jacob não vai mais estar lá. Ele não faz mais parte da nossa família.

Ela pensou por um momento e disse:

— Mamãe, eu nem gostava tanto dele assim.

Olhei para minha filha e percebi: eu não precisava de Jacob. Eu já tinha tudo de que precisava.

Às vezes, perder a pessoa errada é o que abre espaço para a vida que você realmente merece.