HISTÓRIAS

Um bilionário reuniu várias mulheres encantadoras

mas a menina apontou para a empregada da casa e disse:
“Eu quero que ela seja minha mamãe.”

O salão luxuoso mergulhou em silêncio quando Clara, de apenas seis anos, vestindo um delicado vestido rosa, estendeu o dedo na direção de Ana, a governanta da casa. Abraçada ao seu ursinho de pelúcia, falou com firmeza:

— Papai, eu escolho ela.

Ana ficou paralisada, sem acreditar no que ouvia.
— E-eu, senhorita Clara? Mas eu sou só a empregada…

A menina balançou a cabeça e se aproximou dela.
— Você me conta histórias antes de dormir, prepara leite quentinho quando estou triste e me abraça quando tenho pesadelos. Mamães fazem isso. Eu quero que você seja a minha.

Eduardo, o pai de Clara, um poderoso empresário e viúvo há três anos, ficou sem palavras. Ele havia organizado aquele encontro com cuidado: convidara mulheres elegantes, modelos, damas da alta sociedade e figuras influentes, acreditando que sua filha escolheria alguém “à altura” para ocupar o lugar da mãe — e, secretamente, também de esposa.

Mas Clara não se impressionava com vestidos caros nem joias brilhantes. O que ela procurava era amor. E, para ela, esse amor estava apenas em Ana.

Eduardo tentou argumentar. Prometeu viagens, brinquedos novos, uma casa na praia, até um filhote de cachorro. Nada funcionou. Com os olhos cheios de lágrimas, Clara repetia sempre a mesma frase:

— Eu só quero a Ana.

Na manhã seguinte, durante o café, Clara falou baixinho, com a voz embargada:
— Se ela for embora, papai… eu não vou mais falar com você.

Foi nesse momento que Eduardo sentiu algo que não conhecia: medo de perder a própria filha. Pela primeira vez, o homem que sempre controlara negócios, pessoas e destinos percebeu que não podia controlar sentimentos.

Então fez o inesperado.

Chamou Ana para conversar, não como patrão, mas como homem. Pediu desculpas por tê-la colocado naquela situação e confessou que, nos últimos meses, também havia percebido o quanto ela cuidava de Clara com amor verdadeiro. Disse que não precisava que ela fosse rica, famosa ou perfeita — precisava apenas ser sincera.

Ana, emocionada, revelou que também amava Clara como uma filha, mas que jamais ousara sonhar com algo além do seu trabalho.

Com o tempo, Eduardo deixou de ver Ana apenas como funcionária. Passou a conhecê-la, respeitá-la e admirá-la. O carinho entre eles cresceu de forma natural, sem imposições ou interesses.

Meses depois, Clara não precisou mais escolher. Ela ganhou o que sempre quis: um lar cheio de amor. Ana tornou-se oficialmente parte da família, não por status, mas por afeto. E Eduardo aprendeu a maior lição de sua vida:

Nenhuma fortuna do mundo substitui o amor verdadeiro — e, às vezes, ele já está bem diante dos nossos olhos.

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