HISTÓRIAS

Meu Namorado Rico Alugou um Apartamento Simples para Testar Minha Fidelidade.

— Mas Eu Também Tinha um Segredo
Conheci Jack há um ano, quando esbarrei nele em uma cafeteria e acabei derrubando meu latte gelado em cima dos documentos dele. Em vez de se irritar, ele sorriu com calma e disse:

— “Acho que o destino está me mandando fazer uma pausa.”

Nos sentamos para conversar e, surpreendentemente, ficamos horas ali. Ele me contou que trabalhava com logística numa pequena empresa. A conexão entre nós foi imediata. Pouco tempo depois, começamos a namorar.

Jack sempre fazia questão de nos encontrarmos no pequeno estúdio onde morava. Era um lugar simples e bem gasto — paredes riscadas, móveis sem combinação, e um aquecedor quase inoperante. Ainda assim, ele criava um ambiente acolhedor: acendia velas baratinhas, cozinhava em uma única boca elétrica, e aquele sofá afundado era, sem exagero, o mais confortável do mundo. O charme estava nele, e não no lugar.

Quando completamos um ano de relacionamento, Jack prometeu uma surpresa. Ao sair do meu prédio, parei boquiaberta: ele estava escorado em um carro de luxo brilhando, com um buquê enorme de rosas vermelhas nas mãos.

— “Feliz aniversário,” — disse, sorrindo enquanto me entregava as flores e me dava um beijo.

— “De quem é esse carro?”, perguntei, chocada.

Ele coçou a nuca, um pouco nervoso, e respondeu:

— “É meu. Acho que… está na hora de te contar.”

E contou tudo: Jack, na verdade, era herdeiro de uma empresa familiar multimilionária. Aquele apartamento modesto era uma encenação para ter certeza de que eu gostava dele pelo que era — e não pela sua fortuna.

Foi então que se ajoelhou, tirou uma caixinha de veludo do bolso e perguntou:

— “Quer casar comigo?”

Qualquer um diria sim. Mas eu também guardava um segredo. Peguei as chaves da mão dele, sorri e disse:

— “Me deixa dirigir. Se o que eu vou te mostrar não te assustar… meu ‘sim’ será sincero.”

Jack franziu a testa, confuso, mas entregou as chaves.

— “Tá bem… confio em você.”

Dirigi por quase uma hora, até chegar a um imenso portão de ferro cercado por jardins impecáveis, fontes e até um labirinto de arbustos.

— “Lembra que eu disse que cresci numa casa modesta?” — perguntei.

— “Sim…”

— “Talvez eu tenha exagerado um pouco no ‘modesta’.”

Digitei um código, e o portão se abriu. Jack arregalou os olhos.

— “Giselle… o que é isso?”

— “Bem-vindo à casa onde eu cresci,” — sorri.

Ele ficou sem palavras.

— “Então você é rica?” — perguntou, chocado.

— “Muito.”

— “Quer dizer que… você estava me testando enquanto eu também te testava?”

Assenti com a cabeça.

— “Parece que sim.”

— “Todas aquelas vezes que você parecia impressionada com minhas receitas simples…”

— “Ah, aquilo era real. Você fez mágica com uma boca elétrica.”

Ele caiu na risada.

— “Somos ridículos,” — disse ele. — “Você num palácio, e eu simulando manchas no teto!”

— “Acho que os dois passaram no teste,” — brinquei.

Jack riu, me puxou para perto e perguntou:

— “Então… sua resposta é sim?”

Fingi pensar por um momento.

— “Hmm… acho que sim, eu caso com você.”

— “Você é impossível.”

— “E você ama isso.”

Seis meses depois, nos casamos numa cerimônia pequena, mas linda. Tudo foi perfeito — tirando o detalhe de que nossas famílias passaram a festa toda comentando como “enganamos” um ao outro.

— “Você nem gosta de miojo!” — cochichou minha mãe na recepção.

— “As coisas que fazemos por amor…” — respondi, rindo.

O pai de Jack gargalhou:

— “Vocês fingiram ser pobres por um ano inteiro? Isso é dedicação!”

Mais tarde, soube que Jack passava horas simulando infiltrações e consertos falsos no “apartamento de mentira”.

— “Você fez o quê?” — perguntei, chocada.

Ele desviou o olhar, concentrado no próprio bolo.

Minha mãe suspirou:

— “Giselle, que tipo de pessoa normal finge ser pobre?”

Jack e eu trocamos um olhar cúmplice.

— “Somos malucos,” — ele sussurrou.

— “Mas feitos um para o outro,” — respondi.

Alguns meses depois, estávamos deitados em um sofá de verdade (e de luxo), procurando apartamentos para comprar juntos.

— “Sabe do que sinto falta?” — perguntou Jack.

— “Se você disser daquele sofá assassino…”

— “Martha ficaria arrasada se te ouvisse!”

— “Aquele sofá quase me matou com uma mola!”

Ele riu e beijou minha testa.

— “Eu te amo.”

— “Também te amo. Mesmo você sendo um péssimo ator que achava que uma boca elétrica fazia parte do ‘pacote pobreza’.”

— “Ei! Minha atuação merecia um Oscar!”

E assim voltamos a ser apenas nós.

Dois malucos que se encontraram de forma inesperada, provando que as melhores histórias de amor não têm a ver com riqueza, status ou aparência… mas com confiança, humor, segredos bem guardados — e um bom miojo compartilhado no sofá mais velho do mundo.

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