HISTÓRIAS

Meu Marido Contratou uma “Doce” Cuidadora para a Mãe Dele.

– Ela Acabou Sendo a Amante Dele

Meu nome é Cassie, tenho 35 anos, e estou casada com Ben, de 38, há sete anos. Não temos filhos porque tenho problemas de saúde que dificultam a gravidez. Apesar disso, construímos juntos uma vida da qual me orgulho. Ben trabalha no setor imobiliário e eu na área de TI, o que me mantém bastante ocupada e satisfeita.

Nosso casamento não era perfeito, mas eu acreditava que era estável.

Ben sempre foi o mais carinhoso entre nós. Quando fui diagnosticada com endometriose, há três anos, ele tirou folgas no trabalho para me levar ao médico, me trazia bolsas térmicas e meu sorvete favorito sem que eu pedisse. No nosso quinto aniversário de casamento, ele me surpreendeu com uma viagem à cabana onde nos conhecemos, recriando todo o nosso primeiro encontro, até o vinho que tomamos.

Esse era o Ben que eu conhecia — atencioso, gentil e detalhista.


A chegada de Sharon e de Lena

Alguns meses atrás, a mãe de Ben, Sharon, sofreu um pequeno AVC. Sempre foi amável comigo, diferente das sogras que costumamos ver por aí. Após a recuperação, decidimos convidá-la para morar conosco, para que pudéssemos ajudá-la com os cuidados. Embora ela não precisasse de atenção constante, a presença de alguém por perto nos deixava mais tranquilos.

“Não quero ser um peso para vocês”, disse ela, hesitante.

“Você cuidou de mim a vida toda, mãe,” Ben respondeu, apertando sua mão. “Agora é minha vez de cuidar de você.”

Tentamos equilibrar trabalho e cuidados, mas não era fácil. Eu trabalhava dois dias por semana em casa, e Ben adaptava seus horários, mas ainda havia períodos em que Sharon ficava sozinha.

Depois de um mês particularmente cansativo, Ben sugeriu contratar uma cuidadora.

“Só para os horários em que os dois estivermos trabalhando,” explicou durante o jantar. “Alguém para fazer companhia à mamãe, ajudar com as refeições, garantir que ela tome os remédios.”

Concordei com alívio. “Ótimo. Vamos procurar uma agência?”

Ben balançou a cabeça. “Na verdade, acho que já encontrei alguém. Um colega recomendou.”

“Já?” perguntei surpresa.

“O nome dela é Lena, tem 28 anos, e já trabalhou com vários idosos. É muito doce, paciente, quase como uma filha para os pacientes. A mamãe vai adorá-la.”

Algo na empolgação dele me incomodou, mas ignorei. Ben sempre foi entusiasmado com quem precisava de ajuda.

“Eu a entrevistei ontem. Ela é perfeita, Cassie. Absolutamente perfeita.”

“E quanto custa?”

Ben hesitou. “Mil por semana.”

Quase engasguei. “Mil? Por meio período?”

“Cuidado de qualidade tem preço. Mamãe merece o melhor. E Lena é a melhor.”

No dia seguinte, Ben trouxe um pacote com os “documentos” de Lena — referências e certificados desconhecidos. Mesmo assim, confiei no julgamento dele.


Desconfianças e revelações

Lena começou a trabalhar de segunda a sexta, das 9h às 14h. Era muito bonita, com cabelos castanhos brilhantes e um sorriso constante. Logo percebi algo estranho. Sharon parecia desconfortável na presença dela, embora não reclamasse. Às vezes, a via olhando Lena com o rosto franzido quando achava que ninguém estava vendo.

“Como está indo com a Lena?” perguntei um dia.

“Ela é atenciosa,” respondeu Sharon, com um tom estranho. “Muito atenciosa… em certas coisas.”

Antes que eu perguntasse mais, Lena chegou com chá, e Sharon ficou em silêncio.

O que mais me incomodava era como Lena agia perto de Ben. Ria alto demais, se aproximava muito e até tocava o braço dele com frequência.

Duas semanas depois, percebi que Lena não tinha nenhuma formação médica. Ela não sabia aferir a pressão corretamente e errava os horários dos medicamentos. Era mais uma “ajudante” do que cuidadora profissional.

“Você checou mesmo os documentos dela?” questionei Ben.

Ele ficou irritado. “Claro que sim. Ela está fazendo um ótimo trabalho. Mamãe a adora.”

“Não tenho tanta certeza. E ela não parece saber o básico.”

“Você está exagerando. Nem todo mundo faz as coisas do seu jeito, Cassie.”

Fiquei chocada com o tom dele. Esse não era o Ben que eu conhecia.


A verdade através das câmeras

Uma noite, enquanto Ben tomava banho, Sharon me chamou com firmeza.

“Cassie,” disse baixinho, “você poderia instalar uma daquelas câmeras pequenas? Não me sinto segura sozinha. Tenho medo de desmaiar e ninguém saber.”

“Algo aconteceu?” perguntei, preocupada.

Ela hesitou. “Não… só quero que você possa me vigiar. Pedi a você porque o Ben não entende muito de tecnologia.”

Prometi que sim. No dia seguinte, instalei três câmeras discretas: uma no corredor, uma na sala e uma próxima ao quarto de Sharon. Não contei a Ben.

Durante o almoço, no trabalho, comecei a revisar as gravações. O que vi me deixou enjoada.

Lena passava a maior parte do tempo no celular ou assistindo TV. Apresava os exercícios de Sharon, esquecia dos remédios e, uma vez, gritou com ela por derramar chá.

Mas o pior foi ver Ben.

Ele “passava em casa” quando eu estava no trabalho. Sentava com Lena no sofá, riam juntos, trocavam carinhos… Era traição. Não fiquei totalmente surpresa — algo já me parecia errado. Continuei assistindo na esperança de entender melhor, mas só vi mais provas.

Então, uma conversa entre eles me encheu de fúria. No jardim, Ben dizia:

“Logo a casa de praia será sua, amor. Vou convencer minha mãe de que você merece esse presente.”

Lena riu. “E sua esposa? E quanto a ela?”

“Cassie é uma tola. Sempre foi.”

Não confrontei Ben de imediato. Mostrei os vídeos para Sharon. Chorando, ela disse:

“Eu suspeitava… Mas não isso. Não que estivessem planejando pegar minha casa.”

Montamos um plano.


A reviravolta no aniversário

Sharon decidiu fazer sua festa de aniversário na casa de praia — a mesma que Ben prometera a Lena. Convidou todos, inclusive Lena, agradecendo por tudo e dizendo que ela já era parte da família.

No meio da festa, Sharon fez um brinde.

“Querida Lena,” disse, “quero agradecer pelos cuidados. Como prova da minha gratidão, esta casa de praia será sua.”

Lena sorriu radiante. Ben parecia orgulhoso.

Mas então, Sharon continuou:

“Isso é o que você queria ouvir, não é? Depois de trair minha confiança com meu filho…”

Foi quando entrei com capturas de tela das câmeras escondidas — imagens dos dois em situações íntimas. Ainda reproduzi o áudio da conversa sobre a casa.

Ben ficou mudo. Lena empalideceu e saiu chorando.

“Cassie, mamãe, eu posso explicar,” disse Ben.

“Poupe seu fôlego,” respondi. “Já falei com um advogado.”

Naquela noite, Ben se mudou. Entrei com o pedido de divórcio. Lena foi demitida, e Sharon atualizou o testamento para garantir que nenhum dos dois herdasse nada.

Desde então, Sharon e eu nos tornamos muito próximas. Apoiamos uma à outra, unidas por essa traição.

“Quer saber o que aprendi?” disse ela, um dia, sentadas na varanda. “Confie na sua intuição. Quando algo parece errado, geralmente está. E cerque-se de pessoas que estejam dispostas a ver a verdade com você.”

Assenti, olhando o pôr do sol.

Às vezes, a família que escolhemos se torna mais forte que a que recebemos. E, muitas vezes, as traições mais dolorosas nos levam aos aliados mais leais.

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