HISTÓRIAS

Minha Sogra Roubava Ovos da Minha Geladeira — Mas o que Descobri Pela Câmera Escondida Me Deixou em Choque.


Começou com algo pequeno: ovos sumindo da geladeira.

Mal usávamos — eram reservados para meus filhos, já que ovos viraram praticamente item de luxo.

E toda vez que minha sogra, Andrea, vinha nos visitar? Mais ovos desapareciam.

Achei estranho, então instalei uma câmera escondida na cozinha.

E o que eu flagrei me deixou perplexa.

Andrea colocando ovos na bolsa, saindo pela porta dos fundos e indo direto à casa da vizinha, Dona Davis, onde vendia os ovos por dinheiro.

Mais tarde, perguntei casualmente à Dona Davis onde ela estava comprando ovos.

“Ah, com sua doce sogra! Ela tem galinhas no quintal e vende bem baratinho — só 4 dólares a dúzia!”

Quatro. Dólares.

Minha sogra estava me roubando e ainda tocando um negócio clandestino de ovos.

Minha vontade era explodir. Mas respirei fundo e planejei a lição perfeita.

Passei mais de uma hora esvaziando com cuidado uma dúzia de ovos. Ver as gemas escorrendo foi, estranhamente, satisfatório.

Depois preparei uma mistura especial de mostarda com molho de pimenta e cuidadosamente preenchi cada casca antes de colocá-las de volta na caixa.

— O que você tá fazendo? — perguntou James, meu marido, entrando na cozinha de madrugada. — Isso é… mostarda?

— Justiça — respondi sem desviar o olhar. — Justiça amarela e ardida.

A armadilha estava pronta.

No fim de semana, Andrea apareceu para sua visita habitual com os netos. Fingi estar entretida no celular enquanto ela fazia sua rotina de sempre: abraçou as crianças, comentou como cresceram e foi até a cozinha “pegar um copo d’água”.

Na verdade, pegou os ovos adulterados e foi direto à casa de Dona Davis.

Em poucos minutos, estava de volta, sorridente e fingindo que nada tinha acontecido.

Mais tarde, a convidei para tomar um chá comigo na varanda dos fundos — que, por acaso, tinha vista direta para a cozinha da vizinha.

Dona Davis, como de costume, começou a preparar algo. A gente via tudo: farinha, tigelas, ingredientes… Até que ela quebrou um ovo.

Um jato de mostarda com pimenta espirrou. Ela gritou.

— Mas o que foi isso?! — exclamou Andrea, se levantando surpresa.

Fingi preocupação. Minutos depois, ouvimos batidas furiosas na porta da frente.

Dona Davis estava lá, mãos cobertas de mostarda, rosto vermelho, parecendo alguém que acabou de descobrir que ganhou na loteria… e depois perdeu tudo.

— Aqueles ovos! — ela gritou ao entrar. — Estavam cheios de… de…

— Ovos? — perguntei com inocência. — Ah, você quer dizer os que comprou da Andrea? Aconteceu algo com eles?

Andrea surgiu na sala, empalidecendo ao ver Dona Davis.

— Andrea? O que está acontecendo? Os ovos que você me vendeu… estavam cheios de mostarda e pimenta!

— O quê?! Isso não é possível! — Andrea se virou pra mim, furiosa. — Rebecca, o que você fez?

Cruzei os braços.

— O que eu fiz? A pergunta certa é: o que você estava fazendo, roubando meus mantimentos pra vender pra vizinha?

Dona Davis arregalou os olhos.

— Espera aí… você roubou esses ovos da Rebecca?

Andrea ficou vermelha — a blusa florida só realçava a vergonha.

— Inacreditável — murmurou Dona Davis, pingando mostarda no meu chão. — Eu confiei em você! Saía contando pra todo mundo no clube de cartas sobre suas “galinhas no quintal”!

Ela saiu batendo a porta. Andrea também não demorou muito. Pegou a bolsa e saiu quase correndo, deixando o chá pela metade.

Assim que a porta fechou, comecei a rir. Quando James chegou e contei tudo, ele quase chorou de rir também.

— Então era isso que você tava fazendo com a mostarda? — disse ele, ofegante. — Genial! Mas um pouco assustador. Me lembra de nunca mexer na sua geladeira sem permissão.

Hoje, os ovos continuam exatamente onde devem estar: na nossa geladeira.

Andrea nunca mais tocou no assunto, e Dona Davis arranjou outro fornecedor.

Mas, toda vez que guardo as compras, não consigo evitar um sorriso. Porque poucas coisas são tão saborosas quanto pegar uma ladra de ovos com a mão — ou melhor, a bolsa — na massa.


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