Meu marido me obrigou a ficar em casa com nossos filhos doentes enquanto ele foi de férias — mas ele nunca vai esquecer a lição que eu dei

Me chamo Nora, sou enfermeira, e meu marido Garrett é corretor de imóveis. Ele nunca entendeu o peso da carga mental e física que eu carrego todos os dias. Já foi egoísta outras vezes, mas dessa vez, ele passou dos limites.

Tínhamos planejado uma viagem em família para um resort na praia, tudo pago com antecedência. Mas, um dia antes do voo, nossos filhos, Zach e Penny, adoeceram. Eu estava prestes a ligar para a companhia aérea e verificar a possibilidade de reembolso, quando Garrett soltou:

— “Eu vou de qualquer jeito. Você sabe o quanto eu preciso de um descanso do trabalho!”

(Como se eu não trabalhasse também?)

Achei que ele voltaria atrás… mas não. Ele embarcou sozinho na viagem. Fiquei furiosa. Pensei seriamente em pedir o divórcio — e antes disso, decidi que ele precisava aprender uma lição inesquecível.

A virada

Entrei na garagem dele. Era o “santuário” de Garrett — cheio de quinquilharias caras, vara de pesca, barco que ele quase nunca usava… Passei horas fotografando tudo, anunciando os itens em sites de venda online.

Em poucos dias, tudo tinha sido vendido. Em troca, um belo maço de dinheiro repousava na minha bolsa.

— “Adivinhem, crianças? Vamos fazer nossa própria viagem especial!”

Zach e Penny ficaram animados. Em vez de uma praia monótona com o pai ausente, fomos a um resort cheio de diversão. Eu me sentia mais leve do que em muitos anos.

Enquanto assistia às crianças brincarem na piscina, conheci Tessa, uma mulher gentil que logo virou amiga. Contei a ela tudo — da atitude egoísta de Garrett até minha “pequena vingança”.

— “GENIAL!”, ela disse entre risadas. “E ele já sabe?”

— “Ainda não… mas deve estar descobrindo agora mesmo.”

Naquele instante, meu celular vibrou. Era Garrett.

— “Onde diabos estão minhas coisas?” — ele gritou ao atender.

— “Ah, então você notou? Pensei que estivesse ocupado ‘vivendo o sonho’ para se importar.”

— “Você vendeu tudo?! Como pôde?”

— “Como você pôde me deixar sozinha com duas crianças doentes e ir pra praia?” — rebati. — “Cansei, Garrett. Chega de ser deixada de lado, chega de egoísmo.”

— “Você está me dizendo que…?”

— “Quero o divórcio.” — disse com firmeza.

Ele prometeu que eu me arrependeria, mas desliguei sem hesitar.

Voltei para a piscina, onde Tessa tomava um drink.

— “Acabei de pedir o divórcio.”

Ela arregalou os olhos.

— “Uau. Como você está se sentindo?”

— “Assustada… mas aliviada. Como se eu estivesse respirando de verdade pela primeira vez em anos.”

Ela segurou minha mão.

— “Vai melhorar, eu prometo.”

O recomeço

Naquela noite, enquanto colocava Zach e Penny para dormir, Zach olhou para mim com os olhos sérios.

— “Mamãe, vocês vão se divorciar? Eu ouvi você no telefone… e parece que você tá mais feliz aqui sem ele.”

— “Filho… seu pai e eu temos tido problemas. Ainda vamos conversar, mas sim, talvez nos divorciemos.”

— “Tudo bem. Se você estiver feliz, mamãe, isso é o que importa.”

Chorei ao abraçá-lo. “Quando foi que você ficou tão sábio assim?”

Mais tarde, de pé na varanda, assisti ao reflexo da lua sobre as ondas. Meu celular vibrou com uma mensagem de Garrett:

— “Isso ainda não acabou. Te vejo no tribunal.”

Respirei fundo. O caminho seria difícil. Mas, pela primeira vez em muito tempo, eu estava pronta para enfrentar o que viesse — de cabeça erguida e alma leve.